Em apresentação à Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo da Assembleia Legislativa, na última quinta-feira, o diretor técnico da Emater/RS-Ascar, Claudinei Baldissera, estimou em R$ 149 milhões o prejuízo causado pelo ciclone extratropical que ocorreu no Rio Grande do Sul em junho. De acordo com Baldissera, 8.115 propriedades rurais, distribuídas em 62 municípios, tiveram perdas. Deste total, 1.595 propriedades rurais tiveram danos graves em construções e instalações como casas (1.304), galpões (968), armazéns (30), silos (57), estufas (176), aviários (13) e pocilgas (187). Também foi registrado o transbordamento ou rompimento de 510 açudes.
“Os valores de perdas dentro do sistema de produção agrícola, sem os danos à infraestrutura pública, como pontes e estradas, são estimados em R$ 30 milhões até o momento, nos dois grupos de municípios mais atingidos nas regiões do Litoral, Paranhana e Vale dos Sinos “, relatou. Baldissera disse que a produção primária prejudicada inclui, principalmente, hortifrutigranjeiros, mas ainda atingiu lavouras de grãos e atividades pecuárias, como avicultura, bovinocultura e suinocultura. “As perdas em decorrência do ciclone têm impacto direto na economia local e na sustentabilidade das atividades agropecuárias”, concluiu.
Os deputados Adolfo Brito (PP), Elton Weber (PSB), Luciano Silveira (MDB) e Zé Nunes (PT) sugeriram ações do governo estadual, por meio do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais, e do governo federal, via Plano Safra.
CORREIO DO POVO